Sermões
que atrapalha o Culto
Apenas para ilustrar, vamos fazer uma
rápida classificação dos sermões que mais atrapalham o culto. Se você freqüenta
igreja há vários anos, é provável que já se tenha encontrado com alguns desses
sermões mais de uma vez. A seguir, descrevem-se os tipos de sermão que
atrapalham o culto.
1) O SERMÃO SEDATIVO
2) O SERMÃO INSÍPIDO
3) O SERMÃO ÓBVIO
É aquele sermão que diz apenas o que
todo mundo já sabe e está cansado de ouvir. O ouvinte é quase capaz de
“adivinhar” o final de cada frase de tanto que já ouviu. É como ficar dizendo
que roubar é pecado ou que quem se perder não vai se salvar (é óbvio). Isso é
uma verdade, mas tudo o que se fala no púlpito é verdade. Com raras exceções,
ninguém diz inverdades no púlpito. O que falta é apenas revestir essa verdade
de um interesse presente e imediato.
4) O SERMÃO INDISCRETO
5) O SERMÃO REPORTAGEM
É aquele que fala de tudo, menos da
Bíblia. Inspira-se nas notícias de jornais, manchetes de revistas e reportagens
da televisão. Parece uma compilação das notícias de maior impacto da semana. É
um sermão totalmente desprovido do poder do Espírito Santo e da beleza de Jesus
Cristo. É uma tentativa de aproveitar o interesse despertado pela mídia para
substituir a falta de estudo da Palavra de Deus. Notícias podem ser usadas
esporadicamente para rápidas ilustrações, nunca como base de um sermão.
6) O SERMÃO DE MARKETING
É aquele usado para promover e
divulgar os projetos da igreja ou as atividades dos diversos departamentos.
Usar o púlpito, por exemplo, para promover congressos, divulgar literatura,
prestar relatórios financeiros ou estatísticos, ou fazer campanhas para
angariar fundos, seja qual for a finalidade, destrói o verdadeiro espírito da
adoração e, portanto, atrapalha o culto. A Igreja precisa de marketing, e deve
haver um espaço para isso, mas nunca no púlpito. Isso deve ser feito
preferivelmente em reuniões administrativas.
7) O SERMÃO METRALHADORA
É usado para disparar, machucar e
ferir. Às vezes a crítica é contra um grupo com idéias opostas, contra
administradores da igreja, contra uma pessoa pecadora ou rival ou mesmo contra
toda a congregação. Seja qual for o destino, o púlpito não é uma arma para
disparar contra ninguém.
Às vezes o pregador não tem a coragem
cristã de ir pessoalmente falar com um membro faltoso e se protege atrás de um
microfone, onde ninguém vai refutá-lo, e dispara contra uma única pessoa, sob o
pretexto de “chamar o pecado pelo nome”. Resultado: a pessoa fica ferida, todas
as outras, famintas, e o sermão não ajuda em nada.
Às vezes o disparo é contra um grupo
de adultos ou de jovens supostamente em pecado. Não é essa a maneira de
ajudá-los. Convém ressaltar que chamar o pecado pelo nome não é chamar o
pecador pelo nome. Chamar o pecado pelo nome significa orar com o pecador e se
preciso chorar com ele na luta pela vitória.
A congregação passa a semana
machucando-se nas batalhas de um mundo pecaminoso e de uma vida difícil e chega
ao culto precisando de remédio para as feridas espirituais, não de condenação
por estar ferida. Em vez de chumbá-la com uma lista de reprovações e
obrigações, o pregador tem o dever santo de oferecer o bálsamo de Gileade, o
perdão de Cristo como esperança de restauração.
As obrigações, todo mundo conhece.
Nenhum cristão desconhece os deveres do evangelho. Em vez de apenas dizer que o
cristão tem de ser honesto, por exemplo, mostre-lhe como ser honesto pelo poder
de Cristo. Isso é pregação com poder.
Todos esses sermões mencionados acima atrapalham o culto mais do que ajudam. Prejudicam o adorador, prejudicam a adoração. São vazios de poder. Se você quer ser um pregador de poder, busque a Deus, gaste dezenas de horas no estudo da Bíblia antes de pregá-la, experimente o perdão de Cristo e estude os recursos da comunicação que ajudam a chegar ao coração das pessoas.
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