A ARCA DA ALIANÇA
Muito se discute sobre a Arca.
Alguns dizem que foi destruída no incêndio do templo, outros afirmam estar numa
igreja localizada numa ilha em um lago na Etiópia e alguns acreditam estar
escondida em algum monte em Israel, possivelmente o Nebo (no livro apócrifo II
Macabeus 2.2-8). No entanto, uma outra história ocorreu em Jerusalém às 14:15h
do dia 6 de Janeiro de 1982, numa caverna 7 metros abaixo do local
da crucificação, no Calvário, e esta realmente com base bíblica e fundamento
histórico. Passados cerca de 17 anos, foi revelado a nível internacional
um fato mantido em segredo a pedido das autoridades judaicas em 1982, sendo
divulgado naquela época apenas nos EUA.
Como é a Arca
Desejada por estadistas da antigüidade como símbolo
de poder, a Arca foi tema de "Os Caçadores da Arca Perdida", o
primeiro filme da série Indiana Jones, filmado apenas alguns meses antes da
real descoberta. Porém, é completamente diferente daquela apresentada no filme.
Em Êxodo 25.10-22 e 37.1-9 está a descrição completa
da Arca da Aliança e da sua tampa, chamada de propiciatório ou "assento de
misericórdia".
É uma caixa de madeira de acácia coberta com ouro
com aproximadamente 130
centímetros de comprimento e 80 centímetros de
largura e altura, aberta apenas na parte superior. Para transportá-la, foram
colocadas 4 argolas, uma em cada canto (parte inferior) e 2 varais de madeira
de acácia cobertos com ouro passados por dentro das argolas.
A tampa, chamada de propiciatório, é totalmente
feita em ouro puro e do mesmo tamanho da abertura da Arca. Em cada lado, nas
extremidades, há um querubim feito de ouro batido de forma que ambos e o
propiciatório formam um só objeto. As asas de cada querubim passam por cima do
propiciatório e as suas faces, em cada extremidade, estão de frente olhando
para o propiciatório. Moisés ouvia a voz de Deus vinda de uma nuvem que
aparecia sobre o propiciatório (Levítico 16.2 e Números 7.89).
Nota-se que na arca do filme, as posições das
argolas e dos querubins ajoelhados são bem diferentes da descrição bíblica!
A Arca no Templo e o seu Desaparecimento
No Antigo Testamento, no capítulo 35 de II Crônicas a Arca
da Aliança é mencionada pela última vez. Era por volta do ano 621 AC , 35 anos antes da
invasão e destruição de Jerusalém em 586 AC pelos babilônios sob o comando do rei
Nabucodonosor. Como o templo foi completamente destruído, não havia razão para
crer que a Arca havia sido retirada antes. No entanto, em II Reis 24.13, 25.13-18 e
Jeremias 52.17-23 está descrito em detalhes os artigos que os babilônios
levaram da casa do rei Zedequias e do templo. As listas incluíam panelas e
outros objetos menores que eram usados no templo, mas o mais valioso e mais
significante de toda a mobília, a Arca da Aliança, não foi mencionado! Anos
mais tarde, milhares de objetos foram devolvidos para serem colocados no novo
templo (Esdras 1.7-11 e 6.5) e a Arca também não estava na lista. Tudo isto
sugere que ela não foi levada para a Babilônia, tendo que ter sido retirada do
templo entre os anos 621 e 586
AC .
O apócrifo Livro de Baruque tem uma segunda parte onde
ele, criado de Jeremias, vê 4 anjos se levantando da cidade e em seguida um
outro anjo que desce do céu dizendo que Deus o enviou para avisar que a Arca e
os tesouros santos ficariam escondidos sob a terra até o último tempo do
domínio dos gentios (estrangeiros) sobre Jerusalém, de forma que os inimigos
de Israel nunca os achariam, sendo recuperados ao término desse tempo
quando Jerusalém fosse restabelecida totalmente das mãos dos gentios (II
Baruque 6.4-10). Ou seja, no futuro, após o domínio de 42 meses do anticristo,
a Arca será retirada e colocada no Templo Celestial (Apocalipse 11.19). Com o
passar dos séculos se cumpriram as palavras do profeta Jeremias sobre a Arca: O
povo judeu a esqueceu, nunca mais se interessou por ela e a Nova Aliança, o
Senhor Jesus sentado no Trono, a substituirá no Novo Templo do Reino de Deus (Jeremias
3.16-17).
Há vários registros e histórias diferentes relativas ao
destino da Arca. A maioria foi escrita muito tempo depois da Arca desaparecer e
a maior parte baseada não nas Escrituras Sagradas ou em pergaminhos históricos
mas em lendas. Alguma
dessas histórias poderá ser usada futuramente pelo anticristo para enganar os
judeus podendo até lhes apresentar uma réplica da Arca (existem algumas na
Etiópia) como sendo a verdadeira, colocando-se como o substituto da velha
aliança.
A Invasão da Cidade
"E
sucedeu que, ao nono ano do seu reinado, no décimo dia do décimo mês,
Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra Jerusalém com todo o seu exército,
e se acampou contra ela; levantaram contra ela tranqueiras em redor. E a cidade ficou sitiada até o décimo
primeiro ano do rei Zedequias. Aos nove do quarto mês, a cidade se via
tão apertada pela fome que não havia mais pão para o povo da terra. Então a
cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho
da porta entre os dois muros, a qual estava junto ao jardim do rei
(porque os caldeus estavam contra a cidade em redor), e o rei se foi pelo
caminho da Campina." II Reis
25.1-4
As tranqueiras eram comumente usadas na antiguidade para
render os habitantes da cidade sitiada impedindo a entrada de alimentos. Eram
construídas a uma determinada distância (300 metros ou mais) para
a própria segurança dos invasores principalmente no caso de haver necessidade
de incendiar a cidade.
O cerco durou aproximadamente um ano antes da cidade ser
finalmente invadida. Zedequias (rei de Judá) e os soldados judeus fugiram por
um caminho que passava entre os muros sendo que o rei foi perseguido e
alcançado nas campinas de Jericó, mas os soldados escaparam. Isto foi no dia 9
de Av no calendário judeu.
A História Completa da Descoberta
Em 1978, após descobrir algumas rodas dos carros egípcios
no Mar Vermelho, o arqueólogo Ronald Wyatt retornou a Jerusalém em decorrência
das fortes queimaduras de sol que adquiriu na praia de Nuweiba, no Egito.
Hospedado em um hotel e desapontado com o cancelamento da expedição, Wyatt
descansava suas pernas inchadas pelas queimaduras até quando teve condições de
caminhar pela vizinhança do muro norte da cidade velha.
Enquanto conversava com um profissional em antigüidades
romanas, pararam em uma pedreira antiga conhecida como "Escarpa do
Calvário", e apontou para um local que é usado para entulhar lixo.
Repentinamente disse: "Esta é a Gruta de Jeremias e a Arca da Aliança está
lá". Wyatt, que nunca se interessou pela procura da Arca, espantou-se com
as suas próprias palavras! O homem que o acompanhava ficou entusiasmado
prometendo-lhe obter permissão por escrito para escavar e, além disso, receber
hospedagem e comida gratuitamente. Mas ele recusou temporariamente a oferta
retornando para sua casa no Tennessee, EUA, iniciando um sério estudo sobre o
maior tesouro da antigüidade.
Estudo sobre o destino da Arca
Wyatt tirou várias conclusões: A Arca não poderia ter sido
levada para a Babilônia, de acordo com as referências bíblicas. Deveria ter
sido escondida algum dia entre o ano 621 (18º ano do reinado de Josias) e 586 AC , quando os babilônios
invadiram a cidade e o templo foi destruído. Finalmente, a Arca deveria ter
sido escondida entre as tranqueiras babilônias e o muro da cidade pois ninguém
em Jerusalém pôde sair, considerando que a cidade havia sido totalmente
destruída e que era altamente improvável que a Arca estivesse escondida nela.
Todos estes pontos emparelharam perfeitamente com a área que Wyatt havia
apontado e identificado como sendo a Gruta de Jeremias. O lugar estava
exatamente entre o muro e as tranqueiras. Isto era o suficiente para ele voltar
a Jerusalém e iniciar a escavação.
Nova Permissão para Escavar
Em Jerusalém, Wyatt logo descobriu que não era tão fácil
obter uma licença para escavar. O profissional de antigüidades romanas que
havia lhe prometido a permissão por escrito, não pôde fazer assim. Wyatt tinha
trabalhado por muitos anos em vários locais arqueológicos mas tudo feito
reservadamente pois ele não era um arqueólogo profissional e isto dificultou a
situação. Ele pediu uma licença e esperou três longas semanas. Enquanto isso, ele
e sua pequena equipe viajaram para Ashkelon na costa oeste de Israel.
Enquanto nadavam no Mar Mediterrâneo, Wyatt esbarrou com
os pés em algo na água. Ao verificar o que era, achou uma antiga e grande
panela de pedra e continuando a observar na área descobriu vários destes
jarros. Cada um estava cuidadosamente lacrado mantendo o seu interior intacto.
Quebrando um dos jarros, achou restos de ossos humanos. Ficou evidente que eram
panelas ossuárias antigas.
Wyatt as entregou imediatamente ao pessoal do Departamento
de Antigüidades que ficou grandemente entusiasmado ao identificá-las como
panelas ossuárias Canaãnitas! Um outro arqueólogo já as tinha procurado
anteriormente em toda a praia porém sem sucesso. Ninguém pensou em procurá-las
por alguns metros dentro do mar!
Para Wyatt estes achados não eram tão significantes quanto
as outras descobertas que ele havia feito, mas como resultado deste achado
foi-lhe concedido imediatamente uma licença para escavar em Jerusalém. Sem
dúvida, foi uma providência divina!
O local da Escavação
Os 3 dos mais famosos montes na área de Jerusalém
são Sião, Moriá e o monte das Oliveiras. Embora seja construída sobre o Sião e
o Moriá, a cidade velha normalmente é referida na Bíblia como "Sião".
O Moriá foi o local onde Davi ergueu um altar depois de
ver o anjo que se levantava pronto para destruir a cidade e onde Salomão
construiu o templo. De acordo com o livro de Gênesis havia outro evento
significante e histórico que acontecera ali: o sacrifício de Isaque, que foi
substituído por um carneiro.
Hoje o grande Domo da Rocha está neste local onde o
primeiro e o segundo templos estavam anteriormente, onde Abraão tinha erguido
um altar para sacrificar Isaque. Com grande alívio ele descobriu que não era o
seu filho o escolhido para morrer pela humanidade e além disso, neste mesmo
monte, Deus proveria o verdadeiro sacrifício (Gênesis 22.14).
No lado leste, sul e oeste de Jerusalém há vales fundos
que proporcionaram excelente proteção para a cidade contra ataques inimigos. A
parte norte era muito vulnerável. Uma parte do Moriá foi cortada para que os
inimigos não atacassem pelo muro norte ao nível do solo. Esta parte também foi
usada como pedreira e o primeiro livro de Reis relata que Salomão usou pedras
de uma pedreira para construir o Primeiro Templo e provavelmente próxima. A
parte norte do Monte Moriá está separado da cidade e ficou conhecida como
"Monte da Caveira" (Monte Calvário) por causa da face do precipício
chamada de "Escarpa do Calvário" que fica de frente para o muro
norte. A área na frente da escarpa é a que Wyatt identificou estar a gruta de
Jeremias.
O Primeiro Problema
Era janeiro de 1979 e havia nevado um pouco na área revirando
a lama. Além disto, o local estava cheio de lixo e emanava um odor terrível que
incomodou-lhes muito no início da escavação. Em pouco tempo descobriram que o
local tinha uma enorme pedra subterrânea com um pedaço que saía do monte
dificultando a escavação para baixo. A equipe era composta por apenas 3 pessoas
na época, Ronald Wyatt e seus dois filhos Danny e Ronny que já tinham-no
acompanhado anteriormente em várias viagens arqueológicas. Por causa da grande
pedra eles decidiram começar cavando alguns metros à direita.
O local da Crucificação no Gólgota
A forma de crânio na escarpa levou muitos a crerem que
esta parte separada do monte Moriá seria o lugar onde Jesus foi crucificado. O
local de crucificação era fora dos muros da cidade e era chamado "O Lugar
da Caveira" ou Gólgota (Mateus 27.33, Marcos 15.22, Lucas 23.33 e João
19.17). A Bíblia não menciona "um Monte Calvário" mas
"Lugar da Caveira". Até hoje a forma enorme de um crânio pode ser
vista na face sul da escarpa, embora a face do precipício tenha ganho pouco
interesse antes do 18º século. Atualmente há um terminal rodoviário no local da
escavação.
OBS: MELHORES INFOERMAÇÕES E MAIL de Oseias Avancini:
oseiasavancini@hotmail.com
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